A Fonte
O que há de errado comigo?
Não consigo encontrar abrigo
Meu país é campo inimigo
E você finge que vê mas não vê
Lave suas mãos que é à sua porta que irão bater
Mas antes de você ver seus pequenos filhos trazendo novidades
Quantas crianças foram mortas desta vez?
Não faça com os outros
O que você não quer que seja feito com você
Você finge que não vê e isso dá câncer
Não sei mais do que sou capaz.
Esperança, teus lençóis tem cheiro de doença
E veja que da fonte sou os quilômetros adiante
Celebro todo dia
Minha vida e meus amigos
Eu acredito em mim
E continuo limpo
Você acha que sabe mas você não vê que a maldade é prejuízo
O que há de errado comigo? Eu não sei nada e continuo limpo
Do lado do cipreste branco
À esquerda da entrada do inferno
Está a fonte do esquecimento
Vou mais além, não bebo desta água
Chego ao lago da memória
Que tem água pura e fresca
E digo aos guardiões da entrada:
- Sou filho da Terra e do Céu
Daí-me de beber que tenho uma sede sem fim
Olhe nos meus olhos, sou o homem-tocha
Me tira essa vergonha
Me liberta dessa culpa
Me arranca esse ódio
Me livra desse medo
Olhe nos meus olhos, sou o homem-tocha
E está é uma canção de amor
E está é uma canção de amor
E está é uma canção de amor
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